October 25

Preservar a Vida é o mais Inveterado dos Instintos

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

\"Desde os primo?rdios da vida na Terra, a sobrevive?ncia apresentou-se como ponto fundamental para a permane?ncia da espe?cie. Cuidar da perpetuac?a?o e? o que faz a diferenc?a na selecc?a?o natural das espe?cies. A pro?pria selecc?a?o natural procedeu a? eliminac?a?o dos menos adaptados, na qual o Homem na?o constituiu uma excepc?a?o. No entanto, pelo facto de sermos animais racionais aceitamos determinados limites para a durac?a?o da existe?ncia; mante?-la a qualquer custo na?o nos parece sensato, embora inconscientemente esse seja o desejo da maioria dos homens.

O homem envelhece e as gerac?o?es passam sem dar conta do tempo. O decli?nio das func?o?es cognitivas, cuja memo?ria configura um exemplo irreversi?vel, alerta-nos para uma das fases do ciclo vital, o envelhecimento. E? a interrupc?a?o progressiva de um tempo de intensa actividade cerebral e fi?sica, organizado em torno da pro?pria pessoa, da fami?lia e da sociedade, cujo sinal se manifesta pelo na?o desenvolvimento, de forma harmo?nica, dos diversos papeis adquiridos e/ou ganhos ao longo da nossa vive?ncia.

No entanto, os homens na?o sa?o iguais perante o envelhecimento, os indivi?duos envelhecem de formas muito diversas, e cada vez mais se observa um aumento da heterogeneidade entre a populac?a?o (Fontaine, 2000).

De acordo com Rodrigues (1979), existem ritmos e diferenc?as significativas no processo do envelhecimento. Algumas pessoas mostram-se resistentes ao envelhecimento, chegando mesmo a evidenciar melhor desempenho com a idade, ao passo que outras declinam ao sofrerem um processo patolo?gico (Fontaine, 2000). A melhoria das condic?o?es de vida, a elevac?a?o do ni?vel cultural, bem como a converge?n- cia das descobertas farmacolo?gicas te?m contribui?do para este facto.

\"

 

Preservar a Vida é o mais Inveterado dos Instintos

De Góis Horácio

October 25

A História do Sedutor Errante

EDIÇÃO Nº59 | OUTUBRO - NOVEMBRO - DEZEMBRO | 2022

BREVE EXCERTO

\"Tem vinte e cinco anos, «bem bonita idade», mas na?o os aparenta; trato-o, por vezes, por rapaz. De compleic?a?o mediana, moreno, olhos castanhos profundos e inquietos, na?o e?, propriamente, bem parecido. Marcha com pequenos passos, os gestos comedidos, o sorriso breve. O trato e? algo rude, minimizado como por um esforc?o para agradar, e? na?o raro sedutor.

O que tem de mais atraente e? o olhar. Sinto-o logo, no primeiro momento, da primeira entrevista. - Que quer de mim; que quer que eu queira dele?

Nasceu em Franc?a, o pai?s dos sonhos, para onde os pais emigraram. La? foi criado e foi a? escola, mas ja? mal fala france?s. No sexto ano de escolaridade o pai faleceu. A ma?e ligou-se a um homem, grande e bruto, que se viria a revelar um criminoso. Trouxe-os para Portugal, para a casa que a ma?e tinha numa aldeia, no centro do pai?s.\"

 

A História do Sedutor Errante

De Orlindo Gouveia Pereira

July 20

A Urgência de se estar sempre a fazer alguma coisa leva-nos aonde?

EDIÇÃO Nº58 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2022

RESUMO

\"Numa sociedade onde o fazer, fazer, fazer, impera; onde há uma pressão constante por desempenhos excelentes e uma rentabilidade máxima e onde o fazer nada, passou a ser visto negativamente, numa urgência constante em responder às expectativas pessoais e sociais, estão criadas as condições ótimas para o desenvolvimento de quadros de stresse, mal-estar, depressão e insatisfação... É nesta sociedade em que vivemos atualmente!
A forma como as pessoa se julgam, se comparam e se sentem julgadas pelos outros (mesmo que não o sejam), leva a um sentimento de culpa, que vai incutindo na maioria das pessoas a crença - ou estamos a produzir, a criar, a investir no nosso tempo de forma clara, ou somos preguiçosos. Parece que o descanso deixou de ser bem aceite, parece que cada vez mais as pessoas sentem que o não fazer nada é um desperdício de tempo. Às vezes, até quando nos apercebemos que precisamos de descanso e que um momento de não fazer nada seria tão bom, há aquela voz crítica que nos diz que não podemos, não é suposto... Tanto que essa ideia nos é passada, que vai sendo incorporada em nós! É passada por quem? Chefes, empresas, media, sociedade de forma geral... Ninguém quer ser visto como preguiçoso.\"

 

A Urgência de se estar sempre a fazer alguma coisa leva-nos aonde?

De Joana de São João Rodrigues

July 20

Auscultar e Escutar - Uma reflexão de cariz psicodinâmico acerca da saúde mental em crianç

EDIÇÃO Nº58 | JULHO - AGOSTO - SETEMBRO | 2022

RESUMO

\"Introdução: As Cardiopatias Congénitas provocam grandes limitações com necessidade de múltiplas intervenções. A doença no
coração da criança – que tem uma carga simbólica intensa, mobilizando os corações dos outros, interfere nas dinâmicas familiares
e no desenvolvimento psico-afetivo, para além de todas as consequências orgânicas da doença.


Objetivos: A propósito de um caso clínico, propor uma reflexão psicodinâmica e sistémica acerca das Cardiopatias Congénitas,
como um caso de doença crónica e pôr em evidência a articulação entre os serviços de cardiologia e os serviços de saúde mental,
promovendo uma visão não exclusivamente orgânica e mais abrangente da doença.


Conclusão: Olhar a saúde mental da criança e adolescente com Cardiopatia Congénita e da sua família é essencial, devendo o seu
sofrimento ser escutado e acolhido, tanto quanto as crianças são auscultadas e examinadas.\"

 

Auscultar e Escutar - Uma reflexão de cariz psicodinâmico acerca da saúde mental em crianças com Cardiopatia Congénita

De Rita. Amaro, Sofia Vaz Pinto, Juan Sanchez

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